quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Running Away (in circles)


Bom, na verdade eu não tava muito afim de voltar aqui e fazer desse lugar um "dark place". Eu sei que de alguma forma ele sempre foi e talvez ele tenha sido criado um pouco pra isso, já que em geral eu só tenho vontade de escrever quando as coisas estão fora do eixo, mas em geral eu não queria ter que voltar aqui pra escrever nada disso que estou prestes a escrever agora.
Mas bom, não tem jeito, eu só volto quando tem algo errado, salvo raras exceções como no caso do post passado.

Acho que a frase da imagem já traduz em parte o que eu venho mimizar aqui hoje. De novo eu estou tentando fugir da minha linda e amada realidade. De novo eu me encontro em plena depressão.
Era uma coisa que eu sabia que eventualmente ia acontecer porque eu simplesmente fugi da minha terapia (de novo).

Ok, não necessariamente eu fugi, não foi como da outra vez que eu não queria realmente mais ir e dei um migué e nunca mais voltei. Foi porque teve que desmarcar uma vez, daí depois eu tive que ligar pra remarcar e.. sabe né? Eu odeio ligar... Acho que talvez eu precise fazer uma terapia especial para ligações telefônicas porque em geral elas parecem um monstro horripilante com uma boca enorme e cheia de dentes feiosos prestes a me engolir.

Tá, tanto faz.. foi por isso que eu acabei fugindo da terapia, o que obviamente não fez nem um pouco bem. A verdade é que como eu estava me sentido razoavelmente bem e como semestre passado parece que caiu do céu, não parecia ter feito tanta diferença assim não ter a terapia. Mas as coisas meio que mudaram da água pro vinho (não sei bem se mudar da água pro vinho seria uma boa expressão pra se usar agora pois ela tem um sentido positivo se você considerar o contexto),

Foi uma bola de neve. Não foi nada do outro mundo que aconteceu, claro, eu só estou sento exageradamente dramática, como eu sempre sou. O fato é que desde o semestre passado eu estava cultivando pensamentos negativos sobre esse semestre. Não foi algo proposital e eu não sabia que eles iam realmente influenciar tão negativamente esse semestre.

Eu achava que esse semestre ia ser um semestre chato e que eu ia ter muitas dificuldades de enfrentá-lo junto com um detalhe importante: eu pensava isso todo dia. Obvio que foi o que aconteceu, só que um pouco pior do que eu achei que seria. 
São problemas teoricamente simples que eu tenho que encarar, problemas como achar dois lugares pra estágio não remunerado até o final do ano e enfrentar 7 turmas da disciplina de Desenho e seus respectivos professores para aplicar questionários pro meu TCC. Escrevendo assim parece fácil, e quando eu falo para as outras pessoas elas também acham fácil, porém, contudo, todavia, pra mim parece extremamente cavernoso.

Cada um encara as coisas de uma forma, e eu sempre tive dificuldades com comunicação, então o que pra maioria das pessoas pareceria uma bobeira pra mim se transformou no monstro de baixo da cama.
O interessante (ou não), é que eu sei o porque do semestre ter se transformado num monstro e também sei que ele não é exageradamente grande e feio assim, mas eu não consigo fazer ele diminuir.
Que nem o monstro do armário do Harry Potter sabe?

E aí, eu fui correndo dos meus problemas e fui ficando depressiva e fui empurrando tudo com a barriga e dormindo o máximo que eu posso, até que chegou um ponto onde eu me vejo parada no mesmo estágio que eu me encontrei várias vezes antes, e principalmente antes de começar a terapia. Eu sei que eu tenho que enfrentá-los e correr deles só vai piorar as coisas mas eu simplesmente não consigo arrumar forças suficientes para fazê-lo. É como uma dieta ou academia que a gente sempre fala que vai começar  na próxima segunda feira e quando ela chega, você decide que seria muito melhor se você começasse na próxima.

Agora chegou um ponto em que eu me encontro triste, depressiva e fraca. E tudo que eu tenho vontade de fazer é mandar tudo a merda, chutar o balde e dormir o dia todo (ou ver TV). E eu tenho uma tonelada de coisas pra fazer. Não só as da faculdade. Eu tenho serviços extras pra terminar, eu tenho milhares de projetos para gerar dinheiro na minha cabeça, que são razoavelmente fáceis de fazer e totalmente viáveis, eu tenho projetos pendentes com outras pessoas... e   eu    não    faço   nada.

E um conselho bacanérrimo que eu sempre ganho é: se você sabe o que tem que fazer, vai lá e faça. Tira essa bunda desse sofá, larga esse Temple Run do celular, desliga o computador, dá tchau pras redes sociais e faça o que você tem que fazer! 
Siiiiim, valeu, esse conselho, foi muuuuuuuito útil, realmente, se não fosse alguém pra me dizer isso eu não teria pensado nessa possibilidade! Que fácil, que simples! Que luz que você me deu. Problema resolvido! Yay. Só    que     não.

Ok pessoas queridas, eu sei que tudo parece simples e o que eu deveria fazer era só pegar as minhas energias, levantar da minha cama e ir lá e resolver tudo. PORÉM, se fosse assim, easy easy, piece of cake, eu já estaria lá, feliz, tudo ja estaria resolvido eu não estaria escrevendo esse monte de merda aqui.

Eu tô precisando de ajuda de novo, só que  eu não sei se eu tinha mencionado, a terapia está fora de cogitação pois dessa vez we don't have enough money to pay for it anymore.

O que fazer? Não sei... tô pirando de pouquinho em pouquinho. Eu só queria um empurrãozinho de alguém encarnado ou desencarnado. Mas aparentemente eu tô conectada com energias tão pesadas que ninguém me ouve.

Bom, era isso, acho que de vocês eu só preciso de pensamentos positivas, orações, rezas, sei lá.. um boa sorte pra mim já tá de boa. Eu preciso realmente encarar esse semestre todo, sem desistir de nada, do contrário todos os meus anos de universidade vão ser jogados por água abaixo, e isso não pode acontecer.

Qualquer ajuda é bem vinda, okay?
Thank you.