segunda-feira, 30 de setembro de 2019

A falta de tempo

Hello, long time no see, uh?
O título já explica o motivo. Textos mentais antes de dormir temos aos montes, mas coragem para escrevê-los e depois acordar zumbi no dia seguinte pela manhã para trabalhar, não temos.
Tempo é um negócio que sumiu da minha vida. Sumiu e mudou. Mudou minha concepção de tempo, mudou minhas horas de sono e os horários. Quem lê meu blog nunca diria que eu estaria aqui as 22:40h dizendo que eu já deveria estar dormido a séculos.
Mudou tempo, mudou rotina, mudaram planos, mudaram prioridades, enfim, mudou a vida. Puxaram meus pés, me colocaram de cabeça pra baixo e me balançaram que nem desenho animado. Aí foi caindo meus pertences, do bolso, da bolsa, da roupa, do cabelo, da cabeça e de onde mais você possa imaginar. Me colocaram de volta do lugar mas ainda tô meio tonta da chacoalhada. Passo bem, eu acho. Hahaha. Ainda não sei exatamente, não tenho tempo para decidir isso. Não sei se é bom ou ruim.
Sei que de alguma forma, apesar dos imprevistos e dos não previstos, eu estou onde eu desejei estar há alguns anos.
Na minha própria casa, deitada na minha cama com a minha namorada e meu cachorro idoso.
Pensando bem nem foi tão difícil assim, só não foi tão fácil adaptar.
A única coisa que me mata é a falta de tempo. Faz séculos que não faço nada meu. Não assisto um seriado, não leio um livro, não desenho, não faço nenhum trabalho manual. Só recentemente me obriguei a continuar escrevendo minhas cartas mas ainda assim é hard task.
Esse negócio de trabalho x faxina de casa x trabalho x arrumar casa num é muito bom não. Eu confesso que eu amo a casa limpa e cheirosa e eu odeio andar por aqui e sentir grãos de areia no chão, mas o processo demanda muito tempo e é puta chato.
Sério, queria saber se eu vou um dia conseguir conciliar as coisas que quero fazer e o trabalho que minha amada casa demanda.
Queria saber também pq ninguém reclama dessa merda, pareço a doida que ideia faxina. Gente, alguma solução?
Não consigo nem falar com meus amigos. Pessoas que eu me importo e que eu não consigo montar mensagens similar pra dizer qualquer coisa. Aniversários passaram e eu não dei parabéns, o cachorro da minha bff morreu e eu não disse nada. Essas coisas me corroem por dentro e é claro que uma vez que não foram feitas elas viram uma mega bola de Neve que acabam por me atropelar no final.
Sorry, amigos, Sorry, livros, Sorry séries. I'm not handling this very well but I'll find a way, I swear.
Enfim, passei só pra despejar texto maluco mesmo. Porque né, nem tempo pra pensar direito a gente tem porque como eu já disse antes, meus olhos já eram para estar fechados a séculos.
Amanhã o estúdio me aguarda com novos pepinos para resolver.
Mas se me perguntarem se passo bem, eu digo que sim. Vida que segue. Pelo menos eu posso estar aqui, na cama com minha namorada ♥️
See ya.

terça-feira, 21 de maio de 2019

And how about me?

Hoje tô triste.
Na verdade eu tenho estado triste mas eu ignoro. Ignoro pq tô vivendo de baixo do meu suposto conto de fadas.
Tenho casa, tenho Jess, tenho trabalho e Bubu.
Mas na verdade tá tudo meio difícil. Eu achava que antes a vida difícil, mas tô concluindo que a vida é que nem videogame mesmo, cada fase que vc passa, só vai focando cada vez mais difícil. Difícil pra caramba.
Hoje eu tô triste pq Jess tá triste e eu não sei lidar com isso, ela fa muito drama, ela fica muuuito pra baixo, dizendo que tá tudo errado, que q vida dela tá indo ladeira abaixo, que tudo que ela faz não dá em nada.
Eu fico triste pq não é bem assim e também, se tá tudo tão errado assim eu que estou no meio da vida dela também devo estar né?
Eu me sinto culpada porque de alguma forma creio que forcei ela a vir de campina pra cá morar comigo e agora ela tá aí, depressiva. E eu não sei como ajudar.
Eu fico triste também porque as vezes eu acho que ela não me considera, meu esforço e etc. Caramba também tá difícil pra mim, eu também não tenho tempo. Eu deixei de fazer várias coisas pra manter a casa e o relacionamento.
Eu não jogo nenhum jogo meu, não assisto nenhuma série mais, não escrevo minhas cartas. Não faço quase nada de entretenimento que eu fazia quando estava sozinha.
Eu também tô casada, muito cansada. Mas mesmo assim eu tento ver os lados positivos das coisas de vez em quando. Agradecer as coisas que q gente pode consegue fazer, ver filmes, rir juntas, sair de vez em quando, cozinhar, jogar.
Mas pra ela meio que não tem tanto peso essas coisas. Daí vc fico pensando se o relacionamento tá realmente bom pra ela. Já que as coisas que fazemos não fazem tanta diferença assim.
Eu tenho saudades do meu quarto em mamãe, de acordar sábado e pintar minha unha, de abrir a janela e ver o sol, os passarinhos cantarem, de escrever as cartas na mesa.
Mas eu tô aqui, andando com minha vida, tentando ao máximo ser feliz com as coisas que eu escolhi. Minha casa, minha cama, minhas comidas, minha independência.
Eu acho que as coisas tem seu tempo e que a gente vem evoluindo devagar. Se organizando, se mexendo.
Mas Jess não achava isso, acha que estamos devagar, acha que estamos paradas, que estamos perdendo tempo. Que o estúdio é uma bosta, que essa casa é ruim e que o Bubu fede.
Isso me deixa triste, mesmo.
É muito bom estar com ela e eu fico muito feliz que ela tenha vindo mas tem esses dias que são tensos.
São dias que eu não aguento, não aguento porque em geral eu tento olhar pro lado positivo ou ignorar o mau humor e pouca esperança. Mas os dias que ela fica desanimada têm sido maiores do que os que ela fica bem e isso ey muito difícil.
Eu espero mesmo que a psicóloga dela possa ajudar em alguma coisa.
Eu sinceramente precisava de ter uma também, mas nesse momento prefiro me sacrificar.
Tomara que melhore, ou realmente não sei no que vai dar.
:(
Inté

domingo, 17 de março de 2019

Desserviço

Hello.
Sim, já faz algum tempo. Aliás, já faz alguns anos que sempre que eu venho escrever "já faz um tempo". Talvez vocês estejam pensando que eu me tornei uma pessoa feliz e por isso não venho aqui mais colocar meus desprazeres da vida, mas a bem da verdade é que eu não ando tendo muito tempo para fazer nada do que eu gostaria, muito menos escrever.
Perdi o hábito de escrever também, de forma que nem sempre os pensamentos se transformam em texto facilmente como costumava ser. Eles passam rápido agora também, talvez tenha sido uma maneira que construí com o tempo de me defender das inconstâncias da vida: se não penso muito sobre isso, talvez o sentimento vá embora. Tenho consciência de que não vai, mas como o tempo livre não é mais como antes, os textos vão ficando de lado. Eu sinto saudades de escrever. Escrevendo eu "desemaranhava" mais os dilemas da minha mente.
Enfim, não dá pra escrever tudo isso hoje, é muito tempo de pensamentos acumulados e ignorados.
Hoje decidi abrir esse espaço novamente só porque não acho que haveria ninguém que eu pudesse me queixar que de fato fosse ajudar em alguma coisa, a não ser a psicóloga, da qual eu não posso mais pagar.
O fato é que já vai fazer um ano que estou morando com ela. Uma reviravolta na vida, muito mais dela do que minha, mas na medida do possível tem funcionado. Há vários desentendimentos mas o principal que é manter o relacionamento bem, a gente tenta preservar e então, o resto vai se encaixando.
Tudo certo na medida do possível. Bom, mas não era do tudo certo que eu vinha falar né? O caso é que J tem ansiedade e talvez depressão. Algo que se comprova de uma maneira que eu não consigo entender e portanto não consigo ajudar. Sabe, eu sempre fui boa em ler pessoas e sentimentos, mas a ansiedade dela é algo muito mutável e eu não sei, nem de longe, em como lidar. Sempre que está em crise, tudo que eu faço só piora a situação. E eu não consigo me desligar, me afastar e deixar o tempo dela. Eu quero o tempo todo interferir para que ela melhore. Sim, quero que ela melhore, mas analisando friamente q situação, eu não tenho agido para que ela melhore só por ser uma pessoa boazinha, eu faço isso por que ela estando de bom humor, eu tendo a ficar mais feliz e ela assim instável, me deixa derrotada. Derrotada por diversos motivos, derrotada por ser dependente (quase quimicamente) dos sorrisos e bom humor dela e derrotada principalmente por me sentir impotente e incapaz. Eu não consigo ajudá-la, nem por mim e nem por ela. Sendo mamãe a frase certa a se usar essas horas seria "aceita que dói menos", mas não mãe, nesse caso aceitar dói mais.
Bom, fora eu ser a pessoa mais inútil nesse caso, em situações que ela tá mais tranquila e receptivel a conselhos, eu tento falar coisas que (no meu conceito de leiga) ajudem a aumentar a autoestima dela, que é extremamente baixa. Nesses dias que ela tá menos mal, algumas das minhas palavras ecoam na mente dela e de vez em quando geram bons frutos (de novo, na minha percepção).
O fato é que, em 6 anos e meio de relacionamento e em 1 ano juntas, o trabalho é árduo e nem sempre funciona porque em geral tem razões erradas. Mas, das poucas vezes que funcionou, deu alguns resultados, ajudando ela a se aceitar mais.
Aí que finalmente, depois de mil falações aleatórias, chegamos ao ponto do motivo do texto.
Eu venho me contorcendo para tentar ajudar minha pessoa queria do coração q não ser interferida pelo julgamento idiota da sociedade quando num domingo de sol aleatório, me liga um membro da família dela, membro crucial, diga-se de passagem. Tia economicamente estável e independente, liga para minha pessoa querida fazendo cobranças relativas a vida dela. Como ela está? Já arrumou emprego? Já entrou no doutorado? Ainda tá morando sozinha? "Cuidado, você já tá ficando velha".
Ah bicho, na moral, mil anos tentando manter a autoestima regulada, um sacrifício do caralho, para chegar alguém assim e fazer esse desserviço? Para que? Com qual objetivo?
Tô triste e tô com raiva. Já não tava sendo um final de semana fácil, já que estamos passando por uma fase de TPM, e ainda pegam e jogam aleatoriamente uma bomba? Que tipo de família é essa que só faz pressionar? U.u
Não sei lidar com isso, tô doida que ela começa um tratamento psicológico o mais rápido possível. Porquê essas horas, não tem jeito, quem tem estar emocionante estável para poder se impor, é ela e então tem muito o que eu possa fazer.
Bom, acho que é isso. O texto começou bom mas o intuito dela ela só vir xingar a cara de alguém mesmo.
Sim, eu sei que todos da família.dela tem seus próprios motivos e que em geral querem ajudar. Também sei que as pessoas só vão aonde te permitem mas por hoje essa outra parte da análise, vai ficar pendente. Hoje tô só puta, chateada e triste.
Hoje só queria socar a tia dela.
Enfim,
Inté.