terça-feira, 17 de outubro de 2017

O caso da gata malhada.





Bom, já tem um tempo que eu ando querendo registrar essa história aqui. Primeiro pelo simples fato de registrar e segundo porque eu estou realmente triste. Claro que o registro é válido mas todos sabemos que o segundo motivo é o que realmente me faz voltar para esse espaço.
Hoje eu deixei a gatinha que eu resgatei na casa de um adotante lá longe, com a ajuda de uma amiga. Eu deveria estar feliz porque ela conseguiu um lar mas a verdade é que eu tô com o coração partido e morrendo de saudades. Acho que ninguém realmente sabe mas eu sempre quis ter um gato, por algum motivo eu me identifico com eles.

Capítulo I

Essa gatinha apareceu aqui na rua em um dia qualquer e praticamente me adotou. Eu encontrei ela um dia passeando com meu cachorro, falei com ela e desde aquele dia ela passou a seguir meu cachorro e a mim no passeio quase todo dia, de manhã e de noite. Uma coisa que me intrigava é que ela adorava meu cachorro, se esfregava nele e tudo mais. Sempre que eu podia dava um monte de carinho para ela. Fiquei logo preocupada de ela estar na rua e mais preocupada ainda de ela começar a frequentar o quintal da minha casa e ser machucada por meu tio, que por algum motivo obscuro, odeia animais.
Enquanto eu pensava no que fazer, em como arrumar um lar par ela, meu tio já tinha percebido que ela estava rondando por aqui e resolveu sair falando pra todo mudo que se visse "o gato" (na época não sabíamos que sexo era) por aí, ia matar ele. Um dia vi ele descendo as escadas daqui de casa para sair e por azar eles se encontraram lá em baixo. Ele fez, na minha humilde opinião, uma ceninha idiota para chamar atenção que "deu ruim".
Ele foi expulsar o gato exageradamente batendo o pé no chão e gritando "shiiiiiiiiiiiiiiiii". Ela saiu assustada fazendo um miado fino e daqui de cima achei que ele pudesse ter arremessado alguma coisa para cima dela. Desci correndo as escadas com muita raiva e gritei que se ele machucasse "o gato" ia se ver comigo. Ele replicou dizendo que "se eu não deixasse ele expulsar o gato, ia matá-lo". Essa frase dele foi realmente problemática porque eu gostava muito do gato e ameaça-lo de morte era quase que me ameaçar junto. Bom, essa situação deu início a uma briga razoavelmente feia, onde eu grite, xinguei e fiz algumas ameaças. Subi batendo as portas e fiquei extremamente chateada. Alguns bons minutos depois a raiva se converteu toda para tristeza e eu desabei a chorar. Resolvi por bem que era melhor encaminhar um e-mail pedindo de desculpas pela confusão, apesar de não estar completamente errada. Consegui colocar quase tudo que eu tava pensando em um e-mail bem ponderado e sensato, pedindo desculpas e compreensão. Alguns dias depois, descobri que essa escolha foi boa.
Logo depois dessa confusão fui atrás de colocar a gatinha pra adoção. Eu já estava um pouco apegada a ela mas nada comparado o que eu ainda ia ficar uns dias depois. Um dia consegui tirar umas fotos meia boca dela, editei e coloquei anúncio no OLX. Dois dias depois do anúncio um moço simpático ligou dizendo que estava interessado e disse que queria vir pegá-la o quanto antes. Porém ele não tinha carro e queria levar o gato no colo ou em uma caixa de papelão utilizando transporte público. Alertada pela minha amiga dos perigos que seria fazer esse transporte sem o equipamento certo (caixa de transporte para animais) e também afim de conhecer o espaço do qual o gato ia viver consegui convencê-lo a deixar que eu o levasse ao invés de ele vir buscar. Como minha amiga tinha oferecido carona para levar o gato ao adotante marquei de levá-lo pra ele num sábado próximo. Estávamos numa segunda feira e comecei a ficar preocupada com o gato. Fiquei preocupada que ele sumisse e não voltasse, fiquei preocupada que se machucasse e principalmente preocupada com as possíveis atitudes do meu tio. Por fim, depois de pensar sobre o assunto consegui convencer a minha mãe a me deixar colocá-lo num quartinho pequeno que temos ali na garagem. Esse convencimento foi meio complicado mas como o dia de levá-lo estava perto, ela cedeu.
Numa terça combinei com minha amiga de almoçarmos juntas e ela me cedeu um pouco de areia de gato, ração e me empresou uma tigela de comida para gatos. Na quarta de manhã, depois do passeio com meu cachorro, desci e coloquei a tigela com comida no quartinho, ele veio comer e então consegui prende-lo fechando a porta e trancando.

Capítulo II

- EM BREVE -

Não consigo mais escrever por agora. Tô muito triste e tô com saudade. Não queria ter doado ela. :( Depois termino a história.